POR: ANGELA LOPES
Psicologia Perinatal
CRP: 06/88351
De 1 a 7 de agosto comemoramos a Semana Mundial de Aleitamento Materno, neste ano com o tema “Presente Saudável, Futuro Sustentável”. Um tema bem amplo que nos faz refletir além das questões ecológicas da amamentação.

Podemos considerar que algum tempo atrás existia uma aprendizagem subliminar sobre a amamentação que hoje não existe mais. As mulheres não realizam mais a transmissão cultural que antes era feita naturalmente de mãe para filha.
Está mais que provado cientificamente que amamentar só traz benefícios para o bebê e para a mãe. A mãe oferece mais do que satisfação às necessidades do bebê, quando ela amamenta, ela também nutre o bebê de afeto, de carinho, de conforto e segurança, não é somente um alimento.
Sabemos também que o leite materno é o alimento mais completo e equilibrado, atende todas as necessidades do bebê relacionadas a nutrientes e sais minerais até os seis meses e é indicado pela Organização Mundial de Saúde a continuidade até dois anos ou mais. O leite materno é muito fácil de ser digerido pelo bebê, colabora para o sistema imunológico da criança e previne alergias. O momento da amamentação auxilia e aumenta o vínculo entre mãe e filho entre outros inúmeros benefícios.

Mesmo considerando todos esses beneficios, é importante não romantizarmos a amamentação, pois podem existir neste processo com a dupla mãe/bebê muitas experiências boas e prazerosas, mas também podem ocorrer muitas dificuldades e cansaço. Sendo assim, o suporte amoroso da família e daqueles que a cercam é fundamental para fortalecer essa mãe no percurso da amamentação e na construção da sua maternagem.
Acredito que os grupos de apoio para mães também são de fundamental importância neste período, esses grupos permitem que as mulheres sejam apoiadas e acolhidas por profissionais e também por outras mães que estão passando a mesma fase, muitas vezes com dificuldades parecidas. Elas se encontram e se sentem aliviadas por ter um espaço entre iguais, com outras mães onde não serão julgadas e não ouvirão palpites, mas podem ser elas mesmas, encontrando-se consigo mesmas.